Dezenas de funcionários do ministério do Interior grego ocuparam hoje, sábado, a entrada da Imprensa Nacional em Atenas, em protesto contra as medidas de austeridade aprovadas pelo governo para equilibrar as finanças públicas.
Esta concentração visa impedir a impressão e publicação no Jornal Oficial da lei sobre as medidas de austeridade orçamental, que visam poupar 4800 milhões de euros e incluem cortes salariais para os funcionários públicos, o congelamento das reformas e uma subida de dois pontos percentuais do IVA para 21 por cento.
Segundo a polícia, os manifestantes pretendem manter o cerco à sede da Imprensa Nacional até segunda-feira, revela a AFP.
A aprovação destas medidas provocou uma viva reacção dos grandes sindicatos gregos, que apelaram a uma greve geral para 11 de Março, a segunda em duas semanas.
O diário grego To Vima noticiou hoje, sábado, que os gregos estão divididos sobre as medidas de austeridade tomadas pelo governo socialista para travar a dívida das finanças públicas.
Quase 48 por cento dos inquiridos opõem-se ao plano de austeridade, enquanto 46,6 por cento concordam com as "medidas urgentes" aprovadas na sexta-feira pelo Parlamento grego.
A maioria dos entrevistados (67 por cento) manifestou-se contra o congelamento das pensões e 64,2 por cento contra o aumento do IVA em dois pontos percentuais (21 por cento).
Mais de 60 por cento são igualmente contra a redução de 30 por cento do 13.º mês e de 60 por cento do 14.º mês de salário dos funcionários públicos e 74 por cento opõem-se à redução de 200 milhões de euros do orçamento do Ministério da Educação.
Em contraste, a grande maioria dos inquiridos (94 por cento) dizem apoiar a criação de um imposto especial sobre produtos de luxo e 93 por cento estão a favor da redução em sete por cento dos vencimentos do Presidente da República, do primeiro-ministro e dos ministros
in JN on line 06/03/2010